MÁSCARA E IDENTIDADE
As máscaras existem desde a Pré-história,
quando o homem ainda não havia criado a escrita. Algumas máscaras primitivas,
tinham uma aparência grotesca, porque eram feitas com o objetivo de espantar os
maus espíritos, ligados a crenças de alguns povos.
Já na Antiguidade, os povos gregos e egípcios
faziam máscaras mortuárias, cópias feitas de pessoas ilustres que ficariam
eternizadas como heróis. Algumas chegaram a ser feitas de ouro, imaginando-se
que o espírito retornaria para a pessoa que as usasse; outras serviam para
ornamentar as urnas fúnebres, com o objetivo de relembrar o rosto dos
mortos.
Ainda na Grécia antiga, surgem as máscaras
teatrais, usadas para substituir o rosto original do ator, amplificar sua voz e
definir a fisionomia do personagem.
Hoje, a máscara é usada em bailes e desfile
de carnaval, festas à fantasia, e na sociedade em diferentes profissões: os
médicos e dentistas usam máscaras cirúrgicas, protegendo a si e os pacientes; o
soldador protege-se das fagulhas com uma máscara metálica; os bombeiros
utilizam máscaras especiais. No esporte, o esgrimista, o jogador de futebol
americano e o lutador de boxe olímpico não pode entrar em combate sem sua
máscara. Servem para proteção, mas também servem para a construção de uma
identidade, de um imaginário acerca daquela função na sociedade, o que remete,
ainda que de forma longínqua, às antigas máscaras gregas que serviam para dar
rosto aos personagens.
Os alunos dos sétimos anos das Escolas Municipais
Padre José Schardong e Dom Pedro II, com suporte da Secretaria de Educação,
desenvolveram um estudo sobre a utilização das máscaras. Contextualizaram,
apreciaram máscaras de diferentes culturas e depois fizeram a produção de
máscaras com atadura gessada, nas aulas de Arte.
O processo constitui em moldar a máscara com
atadura gessada diretamente sobre o rosto, marcando a fisionomia de cada
pessoa.
Após a confecção, foi aplicada uma camada de
massa corrida para enrijecer a máscara, que depois foi lixada e por fim,
recebeu o toque pessoal dos alunos através da pintura desenvolvida com tinta
látex.
Num processo subjetivo, trabalhou-se também
reconhecimento do outro e o auto reconhecimento através da confecção e
personalização das máscaras.
O resultado é um atrativo aos olhos, tanto
pelas cores quanto pela sua significação.
(Por Cristiane de Fátima Schuster)
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