sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

MÁSCARA E IDENTIDADE

As máscaras existem desde a Pré-história, quando o homem ainda não havia criado a escrita. Algumas máscaras primitivas, tinham uma aparência grotesca, porque eram feitas com o objetivo de espantar os maus espíritos, ligados a crenças de alguns povos. 
Já na Antiguidade, os povos gregos e egípcios faziam máscaras mortuárias, cópias feitas de pessoas ilustres que ficariam eternizadas como heróis. Algumas chegaram a ser feitas de ouro, imaginando-se que o espírito retornaria para a pessoa que as usasse; outras serviam para ornamentar as urnas fúnebres, com o objetivo de relembrar o rosto dos mortos. 
Ainda na Grécia antiga, surgem as máscaras teatrais, usadas para substituir o rosto original do ator, amplificar sua voz e definir a fisionomia do personagem. 
Hoje, a máscara é usada em bailes e desfile de carnaval, festas à fantasia, e na sociedade em diferentes profissões: os médicos e dentistas usam máscaras cirúrgicas, protegendo a si e os pacientes; o soldador protege-se das fagulhas com uma máscara metálica; os bombeiros utilizam máscaras especiais. No esporte, o esgrimista, o jogador de futebol americano e o lutador de boxe olímpico não pode entrar em combate sem sua máscara. Servem para proteção, mas também servem para a construção de uma identidade, de um imaginário acerca daquela função na sociedade, o que remete, ainda que de forma longínqua, às antigas máscaras gregas que serviam para dar rosto aos personagens.
Os alunos dos sétimos anos das Escolas Municipais Padre José Schardong e Dom Pedro II, com suporte da Secretaria de Educação, desenvolveram um estudo sobre a utilização das máscaras. Contextualizaram, apreciaram máscaras de diferentes culturas e depois fizeram a produção de máscaras com atadura gessada, nas aulas de Arte.
O processo constitui em moldar a máscara com atadura gessada diretamente sobre o rosto, marcando a fisionomia de cada pessoa.
Após a confecção, foi aplicada uma camada de massa corrida para enrijecer a máscara, que depois foi lixada e por fim, recebeu o toque pessoal dos alunos através da pintura desenvolvida com tinta látex.
Num processo subjetivo, trabalhou-se também reconhecimento do outro e o auto reconhecimento através da confecção e personalização das máscaras.
O resultado é um atrativo aos olhos, tanto pelas cores quanto pela sua significação.

(Por Cristiane de Fátima Schuster)












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